O valor médio do benefício equivale a R$ 2.980, revelando um aumento real em relação aos R$ 2.882 pagos em 2022. A CNC estima que, em dezembro de 2023, o indicador de comprometimento da renda das famílias situe-se em 30,1%, uma ligeira queda em relação aos meses anteriores, impulsionada pela expansão da renda e do emprego ao longo do ano.
O aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho é apontado como o principal motivo para o maior montante da segunda parcela do décimo terceiro salário em relação ao ano passado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), nos 12 últimos meses encerrados no terceiro trimestre deste ano, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 2,3%, com a geração de 1,14 milhão de novas vagas.
Essa injeção de recursos na economia é esperada para impulsionar as vendas e o comércio em geral, com a segunda parcela do décimo terceiro salário concentrada no mês de dezembro, historicamente um período de maior aquecimento das vendas. Segundo a CNC, o comércio deve avançar em média 25% nas vendas, com destaque para segmentos como vestuário e calçados, livrarias e papelarias, lojas de utilidades domésticas, hiper e supermercados, combustíveis e lubrificantes, e farmácias, perfumarias e cosméticos.
Os gastos no comércio, que deverão liderar a intenção de alocação dos recursos oriundos da segunda parcela do décimo terceiro salário, devem somar R$ 37,35 bilhões, seguido pela quitação e abatimento de dívidas (R$ 35,97 bilhões), gastos no setor de serviços (R$ 20,31 bilhões) e poupança (R$ 12,66 bilhões).
Em resumo, a expectativa é de que o pagamento do décimo terceiro salário contribua para movimentar a economia e impulsionar as vendas no período de fim de ano.