ECONOMIA – O consumo doméstico no Brasil registrou um aumento de 4,24% no mês de julho.

O consumo nos lares brasileiros apresentou um crescimento de 4,24% em julho, comparado ao mês anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a julho do ano passado, houve um aumento de 3,37%, e no acumulado do ano, a alta foi de 2,52%. Esses resultados englobam estabelecimentos como atacarejos, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce. Todos esses indicadores são deflacionados com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, ressalta que a queda significativa nos preços dos alimentos para consumo no domicílio em julho demonstra a necessidade de manter as medidas de combate à inflação. Segundo Milan, cerca de 54% dos brasileiros buscam produtos com preços mais baixos na hora de fazer as compras para o lar.

De acordo com a Abras, os preços dos hortifrutigranjeiros, carnes, laticínios e alimentos industrializados devem sofrer aumentos devido aos reajustes nos preços dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. Além das altas imediatas repassadas pelos fornecedores, a reoneração dos combustíveis prevista para setembro deve pressionar ainda mais os preços dos produtos no varejo. Com essa medida, o PIS/Cofins do diesel passa a ser de R$ 0,11 por litro em setembro e mais R$ 0,03 por litro em outubro.

Os dados da associação apontam que o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo teve uma queda de 1,51% em julho, comparado a junho. Em média, os preços da cesta passaram de R$ 741,23 para R$ 730,06, alcançando o menor valor desde fevereiro de 2022 (R$ 719,06). Na análise regional, a maior queda foi na Região Sudeste (-1,58%), seguida pelo Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste. A queda nos preços dos produtos lácteos, da proteína animal e a menor pressão das cestas de higiene e limpeza foram as principais contribuições para essa redução.

No que diz respeito aos lácteos, a queda nos preços foi liderada pelo leite longa vida (-1,86%), leite em pó (-0,48%), margarina cremosa (-0,13%), queijos muçarela e prato (-0,20%). As carnes também seguiram a tendência de queda registrada no primeiro semestre, com recuos nos cortes do dianteiro (-2,47%), cortes do traseiro (-2,44%), frango congelado (-2,27%) e pernil (-1,44%). Pela primeira vez em 2023, os preços dos ovos apresentaram estabilidade (0,01%).

Entre os itens básicos, a única alta foi observada no açúcar refinado (+1,58%). Já as quedas mais expressivas foram registradas no preço do feijão (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), café torrado e moído (-1,58%), e farinha de mandioca (-1,54%). Na cesta de higiene e beleza, as principais quedas foram no preço do xampu (-0,69%), sabonete (-0,11%) e papel higiênico (-0,03%). No segmento de limpeza, o preço do sabão em pó apresentou queda de 0,80%.

Esses dados da Abras mostram a dinâmica do consumo nos lares brasileiros, com a busca por produtos de menor preço sendo um ponto de atenção para os consumidores. A variação nos preços dos alimentos e a pressão dos reajustes nos combustíveis têm impacto nos preços dos produtos no varejo, e isso se reflete na variação da cesta de consumo.

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