Esse aumento de 0,7% em relação ao trimestre anterior não foi considerado estatisticamente relevante, mas é um reflexo da estabilidade que vem sendo observada nos últimos meses. A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que essa estabilidade é resultado dos sucessivos aumentos da população com carteira de trabalho assinada.
Além disso, o crescimento em relação ao ano anterior foi significativo, chegando a 3,2% e representando um acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores com carteira assinada no setor privado. No entanto, é importante ressaltar que esses números não incluem os trabalhadores domésticos, que se mantiveram estáveis em cerca de 5,9 milhões de pessoas.
A pesquisa também revelou que o setor informal teve uma queda no número de trabalhadores, passando de 39,4 milhões no trimestre anterior para 38,8 milhões no último período. Apesar disso, a taxa de informalidade se manteve em 38,7%, mostrando que ainda há um grande contingente de trabalhadores nessa condição.
A taxa de desemprego ficou em 7,8% em fevereiro, 0,3 ponto percentual acima do trimestre anterior, o que é comum no início do ano devido à base de comparação do período anterior. No entanto, houve uma queda em relação ao ano anterior, indicando uma melhora nesse indicador.
Em relação aos rendimentos dos trabalhadores, houve um crescimento de 1,1% no trimestre, alcançando um valor de R$ 3.110. Já a massa de rendimento real habitual atingiu um novo recorde, chegando a R$ 307,3 bilhões, o que representa um aumento significativo em relação ao ano anterior.
Esses dados refletem uma tendência positiva no mercado de trabalho, indicando uma recuperação da economia e um cenário mais favorável para os trabalhadores formais no Brasil.