Um dos motivos citados pela Fitch Ratings para o rebaixamento da nota da Braskem foi o risco de aumento do fluxo de caixa negativo da empresa, decorrente da sua exposição à desaceleração no setor petroquímico. Além disso, a empresa também enfrenta desafios legais, como o pedido de bloqueio de R$ 1 bilhão por descumprimento de ordem judicial e a imposição de multa no valor de R$ 72 milhões. Um acordo firmado com o município de Maceió também está sob revisão, e a instalação de uma CPI no Senado para investigar danos ambientais causados pela empresa está em andamento.
A reportagem buscou um posicionamento da empresa sobre o rebaixamento da nota de risco, mas até o momento não obteve retorno. Enquanto isso, a Advocacia-Geral da União esteve em Maceió para tratar do caso Braskem, reunindo-se com o governador para discutir o caso e a situação das famílias afetadas. O governador de Alagoas e o advogado-geral da União devem se encontrar na próxima semana para discutir a reparação do patrimônio público e dos danos socioambientais causados pela Braskem.
Em resposta, a Braskem reafirmou que realizou a realocação de 40 mil pessoas das áreas de risco. Além disso, a empresa informou que 93% das indenizações a famílias e comerciantes foram pagas, totalizando mais de R$ 4 bilhões. O plano de fechamento definitivo dos poços em Maceió, aprovado pela Agência Nacional de Mineração, está em 70% de conclusão, segundo comunicado da empresa.
Essa situação coloca a Braskem em uma posição delicada, uma vez que o rebaixamento de sua nota de risco pode afetar sua imagem no mercado financeiro e suas oportunidades de captação de recursos. Além disso, os desafios legais e ambientais enfrentados pela empresa também podem impactar negativamente sua reputação e sua relação com autoridades governamentais e órgãos reguladores. Por enquanto, a expectativa é de que a empresa adote medidas para reverter essa situação e restaurar a confiança dos investidores e da sociedade.
