O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, destacou que janeiro foi um mês desafiador para o setor, com 59% dos estabelecimentos registrando faturamento menor em relação ao mês anterior. Nas regiões sem grande fluxo turístico, a queda no faturamento foi ainda mais acentuada, chegando a 10%.
As condições climáticas adversas, como as intensas chuvas que afetaram diversas cidades do país, também contribuíram para o cenário negativo em janeiro. Além disso, a falta de mobilidade urbana e as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 continuam impactando o setor.
Diante desse panorama preocupante, a Abrasel encomendou um estudo à Fundação Getulio Vargas com o objetivo de desenvolver um plano de recuperação para o setor de bares e restaurantes. A reforma tributária também é um tema relevante a ser abordado nesse contexto, visando proporcionar um ambiente mais favorável para as empresas do setor.
Para Paulo Solmucci, é essencial uma atuação conjunta entre o governo federal, agências de fomento e grandes empresas privadas para viabilizar a recuperação do setor. O presidente da Abrasel ressaltou a importância de um olhar sistêmico sobre as empresas que enfrentam dificuldades financeiras, buscando evitar uma possível onda de falências e desemprego no setor.
Apesar dos desafios enfrentados, o período de Carnaval ajudou a amenizar um pouco os prejuízos, com 76% dos estabelecimentos mantendo suas portas abertas durante a folia. No entanto, os preços dos cardápios têm sido um obstáculo para muitos estabelecimentos, com 40% deles não conseguindo aumentar os preços nos últimos 12 meses.
Diante desse cenário complexo, um grande pacto nacional para a recuperação do setor de bares e restaurantes se mostra cada vez mais necessário, a fim de garantir a sobrevivência das empresas e a manutenção dos empregos no setor.