ECONOMIA – Ministro da Fazenda defende veto integral ao projeto de desoneração da folha de pagamentos até 2027 aprovado pelo Congresso.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez duras críticas ao projeto de lei que estendia até 2027 a desoneração da folha de pagamentos e comemorou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proposta. Haddad argumentou que a medida é inconstitucional e provoca distorções no sistema tributário, sem trazer ganhos efetivos à economia, como a geração de empregos.

De acordo com o ministro, a mudança nas regras das aposentadorias, incorporada à Constituição em 2019, proíbe benefícios fiscais para empresas, o que torna a lei vetada contrária à Constituição. Haddad também ressaltou que as medidas de desoneração adotadas nos últimos anos reduziram a arrecadação do governo em 1,5% do Produto Interno Bruto, impactando diretamente estados e municípios que recebem repasses do governo federal.

A respeito do impacto do fim da desoneração nas empresas, o ministro disse que vai propor ações para reduzir os efeitos, principalmente após a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP) que acontece nos Emirados Árabes. Haddad afirmou que não acredita que o fim dos incentivos provoque uma onda de demissões, argumentando que a política de benefícios fiscais, adotada há dez anos, “não está trazendo nenhum benefício para a economia brasileira”.

Além disso, Haddad revelou que aguardará a tramitação de projetos que já estão no Congresso, como a reforma tributária e a Medida Provisória 1.185, que regulamenta a subvenção a investimentos e tem potencial de aumentar a arrecadação em R$ 40 bilhões.

Em uma crítica contundente, o ministro destacou que a política de desoneração não está trazendo benefícios efetivos para a economia brasileira e que é necessário combater o gasto tributário, seguindo a determinação constitucional. Com isso, Haddad defendeu a necessidade de vetar o projeto de desoneração da folha de pagamento e prometeu apresentar ao presidente Lula um conjunto de medidas que podem ser tomadas para equacionar o problema. As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (24).

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