ECONOMIA – Ministro da Fazenda anuncia intenção do FMI em revisar cotas para países emergentes, incluindo o Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou hoje que a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, expressou sua intenção de apresentar um cronograma para a revisão das cotas dos países emergentes, incluindo o Brasil, no fundo.

Durante uma reunião em Marrakech, no Marrocos, o ministro declarou aos jornalistas que Georgieva quer apresentar uma nova fórmula de realinhamento das cotas e convidou o Brasil a pensar sobre essa possibilidade. Essa discussão sobre a revisão das cotas dos países-membros é um dos tópicos da reunião anual do FMI, que está acontecendo no Marrocos e que motivou a viagem do ministro Fernando Haddad.

Haddad comemorou o fato de Georgieva ter aberto a possibilidade de apresentar um cronograma rígido para a revisão das cotas, ressaltando que isso é algo positivo. Ele afirmou que o Brasil defende o princípio da proporcionalidade entre os países-membros, que é um dos fundamentos do fundo. O ministro alertou que questões conjunturais não deveriam afetar esse princípio, pois isso comprometeria a legitimidade e o apoio ao organismo no médio e longo prazo.

O FMI considera as contribuições dos países-membros como o alicerce da estrutura financeira e de governança da organização. A cota de cada país leva em conta sua posição na economia mundial e determina seu poder de voto nas decisões do fundo. As cotas são revisadas a cada cinco anos pelo Conselho de Governadores do FMI e consideram as necessidades financeiras da instituição e a capacidade de cada país-membro suportá-las.

Haddad também revelou que Georgieva solicitou que o Brasil faça novos aportes ao Fundo para Redução da Pobreza e Crescimento (PRGT). Esses recursos financiam empréstimos sem juros que o FMI concede a países pobres. Segundo o ministro, Georgieva pediu aos países-membros que façam novos aportes devido à crise da dívida dos países pobres e ao aumento das taxas de juros. No entanto, não foram mencionados valores específicos durante a reunião.

Georgieva já havia destacado anteriormente que está buscando ampliar a família de contribuintes do PRGT, que atualmente conta com 40 países-membros. Ela enfatizou a importância de unir-se em benefício dos mais vulneráveis na economia global.

Portanto, a reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, no Marrocos, resultou na intenção de apresentar um cronograma para a revisão das cotas dos países emergentes no fundo. Além disso, foi solicitado ao Brasil que faça novos aportes ao PRGT do FMI. As discussões em torno dessas questões serão realizadas durante a reunião anual do FMI até sábado.

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