ECONOMIA – Mercado financeiro mantém previsões econômicas estáveis para 2023, segundo Boletim Focus.

A segunda semana de setembro trouxe estabilidade nas previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2023, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (9). A pesquisa, realizada com economistas, revelou que as expectativas para o crescimento da economia brasileira permaneceram em 2,92% para este ano. Já para 2025, as projeções indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 1,5%. Para os anos seguintes, o mercado financeiro estima uma expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

No segundo trimestre de 2023, a economia brasileira apresentou um crescimento de 0,9% em relação aos primeiros três meses do ano, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um avanço de 3,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB registrou uma alta de 3,2%, enquanto no primeiro semestre do ano a elevação foi de 3,7%.

Quanto à inflação, as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantiveram em 4,86% para este ano no Boletim Focus. Para 2024, a estimativa de inflação subiu de 3,87% para 3,88%, enquanto para 2025 e 2026, espera-se uma taxa de 3,5% para ambos os anos.

É importante ressaltar que essas projeções para a inflação estão acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Banco Central estima que há uma chance de 67% do índice oficial de inflação ultrapassar esse limite no próximo ano.

Em relação à taxa de juros, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, para controlar a inflação e alcançar a meta estabelecida. Atualmente, a Selic está fixada em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, o BC já reduziu os juros duas vezes no semestre, em um ciclo que deve continuar com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Essas decisões são influenciadas pelo comportamento dos preços e pelas expectativas de inflação acima da meta.

É importante destacar que as incertezas nos mercados e as expectativas de inflação também são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros. Durante um ano, de agosto de 2020 a agosto de 2021, a Selic foi mantida em 2% ao ano, o menor patamar da história. Porém, devido à contração econômica causada pela pandemia da covid-19, o BC precisou reduzir a taxa para estimular a produção e o consumo.

De acordo com as projeções do mercado financeiro, espera-se que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano e caia para 9% ao ano no fim de 2024. Já para 2025 e 2026, a previsão é de que a taxa básica fique em 8,5% ao ano.

Por fim, a cotação do dólar deve encerrar este ano em R$ 5, de acordo com a previsão do mercado financeiro. Para o final de 2024, a estimativa é que a moeda americana fique em R$ 5,02. Esses números refletem as projeções e as expectativas do mercado para a economia brasileira nos próximos anos.

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