O ato ocorreu sob forte chuva, porém os manifestantes não se intimidaram e decidiram caminhar do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, até a Praça Roosevelt, no centro da capital. Os gritos de protesto ecoaram pelas ruas, com a maioria dos manifestantes sendo estudantes. Eles entoaram palavras de ordem, como “Contra a tarifa eu vou lutar. Sou estudante e São Paulo vai parar” e “Ei, Tarcísio, deixa eu te falar. Ou abaixa a tarifa ou São Paulo vai parar”.
A justificativa dos manifestantes para o protesto vai além do simples aumento nas tarifas. Eles acreditam que a medida é uma tentativa do governador de São Paulo de privatizar o transporte público. Para Diego Ferreira, diretor de políticas educacionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ato é uma manifestação não apenas contra o aumento da tarifa, mas também em prol do passe livre. Ele argumenta que o transporte deve ser público e acessível a toda a população.
Além disso, os manifestantes também retomaram pautas antigas, como o passe livre e a tarifa zero para os trabalhadores, e alegam que o aumento das tarifas acarreta em diversos problemas, incluindo o crescimento da evasão escolar. Segundo eles, o aumento de R$ 0,60 nas passagens é significativo e pode influenciar negativamente no orçamento dos estudantes mais vulneráveis.
No entanto, até o momento, o governo de São Paulo não se manifestou sobre o protesto. Os manifestantes reafirmam a importância de continuar a luta e prometem não desistir até que suas reivindicações sejam atendidas. Eles acreditam que o protesto pode ser apenas o início de um movimento maior em busca de mudanças significativas no sistema de transporte público da cidade.