O grupo de alimentação e bebidas registrou a maior alta (1,11%) em dezembro, influenciado pelos aumentos nos preços da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). No entanto, o leite longa vida apresentou queda pelo sétimo mês consecutivo, com uma redução de 1,26%. O gerente do IPCA, André Almeida, atribuiu essa elevação de preços ao aumento da temperatura e do volume de chuvas em diversas regiões do país, afetando a produção de alimentos sensíveis a variações climáticas.
No segmento de transportes, as passagens aéreas continuaram em alta (8,87%), influenciando a elevação do grupo que teve o segundo maior impacto na inflação geral, com 0,10 pontos percentuais. Já os combustíveis apresentaram deflação, com a gasolina sendo o subitem de maior peso no IPCA. A gasolina apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, impactando o resultado do índice de inflação.
Em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), registrou-se um aumento de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano. O grupo de alimentação e bebidas teve um impacto significativo na diferença entre o IPCA e o INPC, com um aumento de 0,33% nos produtos alimentícios e de 4,83% nos não alimentícios. A alta dos preços dos produtos alimentícios foi de 1,20% em dezembro, enquanto os não alimentícios apresentaram variações maiores, com 0,35% em dezembro.
Portanto, os dados divulgados pelo IBGE indicam que a inflação encerrou o ano de 2023 dentro da meta estabelecida, apesar dos aumentos nos preços de alimentos, transportes e habitação. Estes números refletem os desafios enfrentados pela economia brasileira e a necessidade de monitoramento constante para equilibrar a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.
