ECONOMIA – Inflação fecha 2023 com alta de 4,62%, dentro da meta determinada pelo CMN, impulsionada por aumento nos preços de alimentos.

A inflação no Brasil encerrou o ano de 2023 com alta acumulada de 4,62%, ficando dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que em dezembro a inflação foi de 0,56%.

De acordo com o IPCA, todos os nove grupos de produtos e serviços analisados registraram alta em dezembro. O maior impacto veio do grupo de alimentação e bebidas, que teve um aumento de 1,11%. Os preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%) contribuíram para esse resultado. Por outro lado, o preço do leite longa vida baixou pelo sétimo mês seguido (-1,26%).

O gerente do IPCA, André Almeida, explicou que o aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente os vegetais e frutas. O clima desfavorável também impactou a produção do arroz. Além disso, a alta do feijão tem relação com a redução da área plantada, o clima adverso e o aumento do custo de fertilizantes.

No grupo dos transportes, as passagens aéreas continuaram subindo (8,87%), enquanto todos os combustíveis pesquisados tiveram deflação. Em habitação, houve altas na energia elétrica residencial, na taxa de água e esgoto e no gás encanado.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve um aumento de 0,55% em dezembro, acumulando 3,71% no ano, abaixo do registrado no ano anterior (5,93%). Os produtos alimentícios tiveram uma alta de 0,33% e os não alimentícios de 4,83% no acumulado de 2023.

Em dezembro, os preços dos produtos alimentícios aceleraram (de 0,57% para 1,20%) e os não alimentícios também registraram variações maiores (0,35% em dezembro contra -0,05% no mês anterior).

Com isso, os consumidores enfrentaram um ano com alta nos preços, principalmente de alimentos e produtos não alimentícios, o que impactou o orçamento e o poder de compra da população. A expectativa para 2024 é de que as medidas adotadas pelo governo ajudem a conter a inflação e garantir a estabilidade econômica do país.

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