ECONOMIA – Governo de São Paulo realiza leilão da Emae para consolidar privatização, em meio a debates sobre a Sabesp e a universalização dos serviços de água e esgoto.

Na próxima sexta-feira (19), o governo de São Paulo realizará um leilão que marcará a privatização da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). O evento acontecerá na sede da B3, em São Paulo, onde serão divulgados os valores propostos pelas empresas interessadas em adquirir a companhia.

O leilão será realizado em lote único, com um total de 14,7 milhões de ações, das quais 14,4 milhões pertencem ao governo e 350 mil à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). Para vencer, o lance mínimo deverá ser superior a R$ 776,89 milhões, considerando que cada ação está sendo vendida por R$ 52,85.

Durante a sessão de leilão, será permitido fazer lances por viva-voz, caso haja propostas até 20% abaixo da melhor oferta apresentada. Além disso, os interessados terão que fornecer garantias financeiras correspondentes a 1% do valor total estabelecido para a alienação das ações.

A Emae é responsável pela operação de um sistema hidráulico e gerador de energia elétrica na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Médio Tietê. De acordo com informações do governo estadual, a empresa possui atualmente 361 funcionários, número que tem sido alterado devido a um programa de desligamento incentivado.

Este processo de privatização da Emae faz parte de uma série de iniciativas de desestatização em São Paulo. Vale ressaltar que, paralelamente a isso, a Câmara Municipal de São Paulo está realizando audiências para discutir a venda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo abastecimento de água e serviço de esgoto na capital.

A privatização da Sabesp tem gerado debates intensos, com manifestações contrárias baseadas no argumento de que o acesso ao saneamento básico é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal. No entanto, o governo estadual defende que a privatização busca atrair investimentos e acelerar as metas de universalização dos serviços de água e esgoto até 2033, sem impactar os preços dos serviços prestados.

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