Os encontros ocorreram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Fazenda, Fernando Haddad. O governador de Minas Gerais destacou a importância das reuniões, afirmando que elas representam uma possibilidade real de solução para a dívida bilionária do estado.
Um ponto de destaque nas discussões foi a situação da Companhia Energética (Cemig), empresa local de energia. Zema afirmou que nada está definido em relação à participação da Cemig no processo de federalização. O secretário de Fazenda de Minas Gerais, Gustavo Barbosa, também ressaltou que a escolha das empresas a serem federalizadas dependerá de negociações com o Tesouro Nacional.
A proposta de federalização foi apresentada por Pacheco e tem como objetivo permitir que o governo mineiro ceda à União as participações acionárias em empresas como a Cemig, a Companhia de Saneamento (Copasa) e a Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig) como alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal. Em troca, o estado poderia recomprar as ações em 20 anos.
Atualmente, o Regime de Recuperação Fiscal prevê a suspensão do pagamento das parcelas da dívida por nove anos, enquanto ocorreria um programa de controle de gastos. No entanto, a proposta de federalização busca utilizar os ativos do estado para quitar a dívida de forma mais imediata, em vez de empurrar o problema para o futuro.
A expectativa é de que as negociações entre o governo de Minas Gerais e a União avancem nos próximos meses, e que a federalização das empresas estatais locais possa representar um marco na resolução da dívida do estado. Com isso, a população mineira aguarda ansiosamente por novidades que possam trazer mais segurança econômica e estabilidade financeira para a região.
