Autoridades dos países membros do bloco econômico estiveram presentes no encontro, onde o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a quitação, em abril, de quase US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) ao Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O Focem é o primeiro mecanismo solidário de financiamento próprio dos países do bloco e tem por objetivo reduzir as assimetrias entre os países integrantes.
Além disso, o Brasil quitou dívidas de R$ 17,6 milhões com o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e de R$ 4,2 milhões com a Secretaria do Mercosul. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que “o esforço para quitar dívidas atrasadas reflete a compreensão e o compromisso do governo do presidente Lula com soluções negociadas e maior integração com nossos vizinhos.”
De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, o Brasil chegou a acumular uma dívida de cerca de R$ 5 bilhões com aproximadamente 120 organismos e fundos internacionais, mas conseguiu reduzir esse montante ao longo de 2023. Ainda resta pagar até o final do ano cerca de R$ 1,2 bilhão.
A reunião de cúpula com autoridades do Mercosul começou nesta quarta-feira e terminará na quinta-feira (7), com a presença dos presidentes dos países-membros. Neste primeiro dia, foram discutidos assuntos como acordos de livre comércio e integração regional. A expectativa é que esses pagamentos contribuam para uma maior integração entre os países do bloco econômico.
Apesar de envolver relações exteriores, a responsabilidade para pagamentos de contribuições dos organismos internacionais é do Ministério do Planejamento e Orçamento, que demonstrou um comprometimento em regularizar as dívidas e fortalecer as relações do Brasil com os países vizinhos.