ECONOMIA – Governo apresenta Plano Safra da Agricultura Familiar no Rio em medida para impulsionar setor agrícola.

Na última sexta-feira (18), durante o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Rio de Janeiro, os pedidos de justiça ao governo federal pelo assassinato de Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, líder quilombola e coordenadora nacional da Conac, ganharam destaque. A solenidade, que aconteceu na sede do BNDES, contou com a presença de lideranças e representantes de movimentos sociais, além de parlamentares e agricultores familiares.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, ressaltou a importância do evento, afirmando que o assassinato de Mãe Bernadete representa uma tentativa de impedir a conclusão da abolição da escravidão no país. No entanto, ele afirmou que o governo não será deterá o povo brasileiro e que a liderança de Mãe Bernadete será uma inspiração para a continuação da demarcação das terras remanescentes de quilombos.

Durante o lançamento, foi anunciado que o Plano Safra da Agricultura Familiar conta com recursos de R$ 77,7 bilhões, os quais serão direcionados aos pequenos agricultores. O ministro pediu aos gerentes do Banco do Brasil, Caixa Federal, Sicredi e Sicoob para receberem os agricultores em suas agências, concedendo crédito e auxiliando na realização de contratos de financiamento.

Além disso, foram assinados financiamentos com pequenos agricultores fluminenses para a produção de pimentão, tomate cereja e abacaxi. O ministro informou que o MDA está buscando soluções para os agricultores endividados, de forma a não deixar ninguém de fora desse momento de fomento à agricultura familiar.

Dentro do Plano Safra, o governo pretende facilitar a instalação de energia solar para bomba d’água, com o objetivo de democratizar o acesso à água nas propriedades rurais. Além disso, o ministro afirmou estar em entendimentos com o BNDES para retomar o programa de estímulo à agroindústria e a cooperativas.

O ministro garantiu apoio aos jovens agricultores, incentivando-os a estudar e voltar ao campo para auxiliar na gestão de suas famílias. Ele também destacou a importância das mulheres, quilombolas e indígenas, afirmando que terão todo apoio do governo.

O ministro ressaltou a importância de uma sociedade organizada para que o crédito e o dinheiro cheguem aos pequenos agricultores. Ele citou o bispo Dom Angélico Sândalo Bernardino, que compara a política ao feijão, afirmando que só cozinha na panela de pressão.

Paulo Teixeira afirmou que o presidente Lula tem o objetivo de tirar o Brasil do Mapa da Fome, produzindo alimentos saudáveis e um sistema alimentar sustentável. Ele destacou a importância da agricultura familiar na produção dos alimentos da cultura brasileira e na diversidade alimentar.

O ministro destacou a necessidade de recuperar a cultura ancestral do povo, voltando a consumir alimentos como arroz, feijão, mandioca e batata doce. Ele destacou que é preciso tirar o Brasil do Mapa da Fome, aumentar e diversificar a produção de alimentos e fazer uma transição ecológica, a partir de um sistema alimentar sustentável.

Paulo Teixeira mencionou os programas do governo para incentivar a compra de alimentos da agricultura familiar, tanto na merenda escolar quanto em hospitais públicos, Forças Armadas, restaurantes universitários e institutos federais.

O ministro ressaltou também que o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar foi flexibilizado para extrativistas, posseiros, quilombolas e indígenas. Ele destacou a importância da agroecologia e da ciência no desenvolvimento da agricultura familiar.

Em resumo, o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Rio de Janeiro foi marcado pelos pedidos de justiça pelo assassinato de Mãe Bernadete Pacífico. O ministro Paulo Teixeira destacou a importância da agricultura familiar e anunciou medidas de apoio aos agricultores, com o objetivo de impulsionar a produção de alimentos saudáveis e promover um sistema alimentar sustentável.

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