Haddad afirmou que existe a possibilidade de lançar um comunicado político em julho e novembro, com o consentimento dos membros do G20, para analisar e debater a proposta de taxação de super-ricos. A coordenação internacional é vista como fundamental pelo ministro, pois a taxação realizada por um único país seria ineficaz e poderia gerar conflitos de interesse, resultando em uma espécie de “guerra fiscal” entre as nações.
O ministro ressaltou a importância do engajamento de outros países nesse processo, destacando o apoio sinalizado pela administração Biden. Além disso, Haddad enfatizou a necessidade de uma vontade política forte para que a proposta avance, com o apoio de organizações internacionais como a OCDE.
Durante a entrevista coletiva ao lado do ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, Haddad abordou a questão do endividamento global, alertando para uma possível crise decorrente dos gastos com a pandemia de Covid-19 e da alta da inflação. O ministro destacou a importância da taxação dos mais ricos como uma medida essencial para reduzir a dívida e ampliar o espaço fiscal para políticas públicas de combate à pobreza e à fome.
No contexto da reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, Haddad terá uma agenda intensa, participando de diversas reuniões e entrevistas coletivas para discutir os desafios econômicos globais e a importância da taxação de super-ricos como uma medida para promover a estabilidade financeira e social.