ECONOMIA – “Fórum Social Mundial 2024 começa no Nepal com debates sobre crise climática, ascensão da extrema-direita e novas estratégias de atuação”

O Fórum Social Mundial (FSM) teve início nesta quinta-feira (15) e vai até o próximo domingo (19) em Katmandu, capital do Nepal. Com o lema “Um outro mundo é possível”, o evento reúne representantes de movimentos sociais de todo o mundo, em sua segunda edição anual na Ásia, após o encontro em Mumbai, Índia, em 2004, que contou com mais de 100 mil participantes.

O FSM foi criado em 2001, em contraposição ao Fórum Econômico de Davos, na Suíça, e se tornou um importante polo de articulação e encontro de movimentos sociais globalmente. No entanto, nos últimos anos, vem perdendo a relevância política, de acordo com o jornalista Carlos Tibúrcio, cofundador do FSM e membro do seu Conselho Internacional.

Tibúrcio destaca que o contexto global atual enfrenta diversas crises, incluindo a emergência climática, a crise econômica e social do capitalismo, e a ampliação dos conflitos armados. Além disso, a ascensão de correntes políticas e governos de extrema-direita e perfil neofascista é uma preocupação central para os movimentos sociais do Fórum Social.

O evento também debaterá a importância da sociedade civil na busca por justiça social, direitos humanos e no enfrentamento das desigualdades e da emergência climática. Uma nova estrutura de atuação política será lançada durante o evento, a Assembleia Social Mundial de Lutas e Resistências do FSM, que terá uma atuação mais constante na promoção das pautas da sociedade civil internacional.

O retorno do Fórum Social Mundial para a Ásia foi motivado pela importância geopolítica da região, que concentra a maior parte da população do planeta e sinaliza para a consolidação de um mundo multipolar. O evento contará com a participação de representantes de movimentos sociais de mais de 100 países, destacando a importância do debate climático, das questões sociais e políticas em um evento de relevância global.

O Nepal, onde o FSM está sendo realizado, é um país localizado no sul asiático, governado pelo ex-líder guerrilheiro maoista Pushpa Kamal Dahal, conhecido como Prachanda. O país enfrenta desafios relacionados às castas e desigualdade social, além de questões ambientais, como o derretimento das montanhas e a escassez de água. Essas questões estarão em destaque no evento, que tem como objetivo promover a troca de experiências e ações entre os movimentos sociais de todo o mundo.

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