ECONOMIA – Estudo revela: 31% dos brasileiros necessitam de fontes de renda adicionais para complementar o orçamento.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) revelou que um crescente número de brasileiros está buscando atividades extras para complementar sua renda. De acordo com os dados coletados, 31% dos entrevistados afirmaram ter recorrido a essa alternativa em 2022, uma queda significativa em relação aos 45% registrados no ano anterior.

Essa pesquisa, denominada Pesquisa Nacional sobre Desigualdades, trouxe também outros indicadores alarmantes. Um dos principais pontos destacados foi a percepção de que tanto a fome quanto a pobreza se tornaram mais evidentes nas cidades. Enquanto em 2022, 75% dos entrevistados declararam essa percepção, em 2022 o número caiu para 57%.

O levantamento envolveu a participação de 2.000 pessoas com idade igual ou superior a 16 anos, provenientes de 127 municípios distintos. Os dados revelaram ainda que a maioria dos entrevistados, cerca de 71%, acredita que as mudanças climáticas e eventos extremos afetam igualmente todas as pessoas, independentemente de sua cor ou classe social. Porém, quando o foco é a questão racial, 68% dos entrevistados acreditam que pessoas negras e brancas são tratadas de forma desigual em diferentes ambientes, como shoppings, escolas e universidades.

Outro ponto destacado pela pesquisa foi o assédio e o preconceito. Cerca de 40% das mulheres afirmaram ter sofrido assédio em locais públicos, enquanto que quase metade da população relatou ter sido vítima de preconceito em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero, um número que apresentou uma queda de 11 pontos percentuais quando comparado a 2022.

Os resultados dessa pesquisa foram apresentados durante o lançamento do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, uma iniciativa que reúne diversas organizações sociais, órgãos governamentais, sindicatos e outras entidades com o objetivo de promover ações que combatam as desigualdades sociais no país. Entre as primeiras medidas a serem implementadas está o lançamento do Observatório Brasileiro das Desigualdades, que realizará um diagnóstico com base em 42 indicadores de 12 áreas temáticas, e a criação da Frente Parlamentar de Combate às Desigualdades.

Essa pesquisa reforça a necessidade urgente de políticas públicas que promovam uma sociedade mais igualitária e inclusiva. O combate às desigualdades deve se tornar uma prioridade nacional e demandar esforços conjuntos de diferentes setores da sociedade.

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