O presidente da CNI, Ricardo Alban, criticou a falta de compreensão da realidade brasileira por parte do Banco Central, insistindo que a redução dos juros é necessária para diminuir o custo financeiro das empresas. A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também considerou crucial a continuidade das reduções da taxa Selic, defendendo cortes mais intensos.
As centrais sindicais também se manifestaram sobre a decisão do Copom, chamando-a de “tímida” e “insuficiente”. A Confederação Única dos Trabalhadores (CUT) pediu por cortes mais agressivos, alegando que os juros altos prejudicam as medidas do governo para a recuperação da economia. A Força Sindical também criticou a decisão, ressaltando que os juros em patamares elevados criam enormes obstáculos para o desenvolvimento nacional e comprometem a geração de emprego e renda.
Ambas as entidades destacaram a importância de uma postura mais ousada por parte do Copom para promover um crescimento expressivo da economia. A CUT relacionou os cortes na taxa Selic à queda do desemprego para 7,8%, divulgada pelo IBGE, argumentando que os juros continuam altos e prejudicam as áreas fundamentais, como a saúde e o investimento em obras do PAC.
A Firjan e a CNI ressaltaram que as expectativas para a inflação em 2024 estão abaixo do teto da meta, defendendo cortes mais acentuados nos juros para corresponder ao cenário de desaceleração da atividade econômica. Em resumo, o corte de meio ponto percentual na taxa Selic foi visto como insuficiente pelo setor produtivo e pelas centrais sindicais, que pedem por uma postura mais agressiva do Banco Central para impulsionar a economia.