ECONOMIA – Dólar fecha acima de R$ 5 pela primeira vez desde outubro em meio a expectativas sobre juros nos EUA e Brasil.

Em meio a um cenário de incertezas em relação às decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o dólar fechou em alta, ultrapassando a marca de R$ 5 pela primeira vez desde o final de outubro. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores encerrou o dia em leve alta, refletindo a instabilidade do mercado financeiro.

O dólar comercial fechou o pregão desta segunda-feira (18) cotado a R$ 5,026, registrando uma alta de R$ 0,028 (+0,57%). Apesar de ter iniciado o dia em queda, a moeda norte-americana começou a subir após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. No pico do dia, por volta das 12h, o dólar chegou a atingir R$ 5,03, o maior nível desde o final de outubro.

Essa valorização do dólar já acumula uma alta de 1,09% somente em março e de 3,56% desde o início do ano. Esse movimento é reflexo das expectativas em relação às definições dos juros pelo Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) no Brasil, que ocorrerão nesta quarta-feira (20).

No mercado de ações, a instabilidade marcou o dia, com o índice Ibovespa fechando em 126.954 pontos, com alta de 0,17%. As ações de mineradoras se recuperaram das baixas recentes devido ao aumento no preço internacional do minério de ferro, enquanto as ações de petroleiras e de empresas elétricas apresentaram queda.

Os investidores estão atentos aos dados que sinalizam uma recuperação da economia norte-americana, o que poderia postergar uma redução nas taxas de juros pelo Fed. Por outro lado, no Brasil, apesar das expectativas de um novo corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic, indicadores de aquecimento econômico podem levar o Copom a rever suas decisões e interromper os cortes a partir de junho.

Esse cenário de incertezas tem impactado o mercado financeiro, levando os investidores a se manterem cautelosos e muitos optarem por migrar seus investimentos da bolsa de valores para a renda fixa, em busca de maior segurança em meio às turbulências econômicas globais.

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