ECONOMIA – “Dólar atinge maior valor em 13 meses e bolsa de valores tem quinta queda consecutiva, refletindo nervosismo do mercado”

Em mais um dia de intensa volatilidade nos mercados financeiros, o dólar fechou em alta, atingindo seu maior valor em 13 meses, chegando a se aproximar da marca de R$ 5,30 nos momentos mais críticos. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores registrou sua quinta queda consecutiva, alcançando o nível mais baixo desde novembro do ano passado.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira sendo cotado a R$ 5,27, marcando uma alta de R$ 0,08 (+1,64%). A moeda começou o dia sendo negociada a R$ 5,21 e manteve sua trajetória de alta ao longo de toda a sessão, atingindo o pico de R$ 5,28 por volta do meio-dia.

Essa sequência de altas do dólar representa uma valorização de 5,23% nos últimos cinco dias, sem que o Banco Central tenha realizado intervenções por meio de operações de swap (venda de dólares no mercado futuro). Já no mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia em 124.389 pontos, com uma queda de 0,75%, atingindo o menor patamar desde novembro.

Os fatores que contribuíram para a turbulência nos mercados foram tanto domésticos quanto internacionais. A mudança na meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero ao invés do superávit de 0,5% do PIB, não foi bem recebida pelos investidores. Além disso, as tensões entre Irã e Israel, juntamente com o cenário econômico nos Estados Unidos, influenciaram as oscilações.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, emitiu declarações que afetaram o mercado, mencionando que os dados recentes de inflação diminuem a confiança sobre um possível corte de juros. As taxas altas nas economias avançadas contribuíram para a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.

Em relação ao petróleo, o preço do barril do tipo Brent, utilizado nas negociações internacionais, caiu 0,43%, chegando a US$ 89,99, apesar do bombardeio iraniano a Israel. O cenário global incerto e as notícias contraditórias contribuíram para a instabilidade nos mercados e para o cenário de nervosismo entre investidores.

Com informações da Reuters.

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