ECONOMIA – “Dólar atinge maior valor desde março e bolsa de valores tem queda significativa em meio a nervosismo global”

Em uma quinta-feira marcada pelo nervosismo no mercado global, o dólar registrou uma alta significativa e atingiu o valor de R$ 5,17, o maior desde março. Já a bolsa de valores apresentou uma queda de 0,28%, chegando ao nível mais baixo dos últimos quatro meses.

No tocante ao dólar comercial, ao fim do dia, a moeda estava sendo vendida a R$ 5,169, com um aumento de R$ 0,016 (+0,31%). Durante a primeira hora de negociação, a cotação permaneceu próxima à estabilidade, porém disparou após a abertura do mercado norte-americano, atingindo seu máximo em R$ 5,19 por volta das 12h50.

Esses números indicam que o dólar se encontra em sua maior sequência de altas dos últimos nove anos em comparação com outras moedas do mundo. Esse fenômeno se dá devido à expectativa pela divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, que ocorrerá na sexta-feira (6). A geração de empregos acima do esperado nessa economia pode gerar pressões para que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, eleve as taxas de juros antes do final do ano.

Os títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano também registraram uma alta nesta quinta-feira, atingindo o maior nível desde 2007. Esse aumento nas taxas de juros em economias avançadas estimula a fuga de capital de países emergentes, como é o caso do Brasil.

Internamente, alguns fatores têm dificultado a redução da taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, pelo Banco Central. A valorização de commodities, como o petróleo, e a recente alta do dólar têm impactado os preços no atacado, o que pode comprometer a meta de redução de 1 ponto percentual até o final do ano.

É importante ressaltar que a Agência Brasil está publicando informações sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em situações extraordinárias, não mais todos os dias. Essa medida visa proporcionar um maior foco em questões de relevância e evitar a repetição de dados em momentos rotineiros.

Em suma, o dólar atingiu o seu maior valor desde março e a bolsa de valores teve uma queda significativa. Essa situação reflete a tensão no mercado global, principalmente devido à expectativa em relação ao relatório de emprego nos Estados Unidos e às taxas de juros em economias avançadas. No cenário interno, a redução da taxa Selic tem se mostrado um desafio devido a fatores como a valorização de commodities e a alta do dólar.

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