Os dados revelam que no último mês foram aplicados R$ 324,7 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 323,4 bilhões. Além disso, os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 4,9 bilhões, elevando o saldo total da poupança para R$ 975,8 bilhões.
Essa reversão de cenário se destaca em relação aos meses anteriores, como fevereiro e janeiro de 2024, em que houve mais saques do que depósitos. No entanto, o resultado positivo de março contrasta com o mesmo período do ano anterior, quando os brasileiros retiraram R$ 6,1 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
É importante ressaltar que o alto endividamento da população tem influenciado nas movimentações da poupança nos últimos anos. Em 2023, por exemplo, a saída líquida alcançou R$ 87,8 bilhões, sendo menor do que o registrado em 2022, que atingiu o recorde de R$ 103,24 bilhões.
Um dos motivos para os saques na poupança está relacionado à manutenção da Selic, taxa básica de juros, em patamares elevados, o que faz com que os investidores busquem aplicações com melhor rentabilidade. Durante um ciclo de aumento da Selic em 2021 e 2022, a taxa foi elevada por 12 vezes consecutivas, chegando a 13,75% ao ano.
No entanto, diante do cenário atual da economia, o BC reduziu a Selic para 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos. Essa medida visa estimular a atividade econômica e garantir a estabilidade dos preços.
Em resumo, os dados apresentados revelam um cenário de melhora na caderneta de poupança, refletindo as mudanças na política monetária e as decisões dos investidores em busca de melhores oportunidades de retorno financeiro.