A análise revela que os segmentos do varejo apresentam uma mudança na composição do crescimento. Em 2023, os segmentos dependentes de crédito tiveram um desempenho ruim, com materiais de construção, vestuário, calçados e artigos de uso pessoal e doméstico sofrendo quedas significativas nas vendas. Por outro lado, os segmentos de consumo essencial, como combustíveis, farmácias e supermercados, tiveram crescimento positivo.
Para 2024, espera-se um equilíbrio maior devido à flexibilização da política monetária e a redução da taxa básica de juros (Selic) para um dígito, em torno de 9% a 9,5%. Essa queda dos juros tende a beneficiar os setores que dependem mais de crédito, refletindo nos números de empregabilidade no comércio.
O setor de serviços, incluindo turismo, é estimado para ter uma expansão de 2,7% em 2024, contra 2,9% neste ano. Bentes também destacou a geração de empregos formais no setor de turismo, tendo recuperado muitas das vagas perdidas durante a pandemia da COVID-19.
Em relação aos salários, houve um ganho real em alguns segmentos, evidenciando um mercado de trabalho mais aquecido. Setores como transporte aéreo, eletricidade e gás, e comércio tiveram aumento no salário médio de admissão, enquanto outros segmentos perderam da inflação.
No geral, as projeções apontam para um crescimento mais equilibrado no varejo e no setor de serviços em 2024, com estabilidade na economia e nas condições de emprego. A expectativa é que o mercado mantenha um ritmo de crescimento positivo, contribuindo para a recuperação e fortalecimento da economia nacional.