Segundo os dados do Ibre, a economia teve uma alta de 0,6% em dezembro em comparação com o mês anterior e de 2,1% em relação a dezembro de 2022. Já no último trimestre de 2023, a atividade econômica apresentou um aumento de 0,1% na comparação com o terceiro trimestre e de 2,3% em relação ao quarto trimestre de 2022.
A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, ressaltou que o quarto trimestre do ano passado teve uma clara tendência de desaceleração, porém, a economia demonstrou resiliência apesar das fragilidades de um crescimento anual concentrado e influenciado por commodities, que são matérias-primas com preços ditados pelo mercado internacional.
Além disso, o estudo destacou que o consumo das famílias cresceu 3,2% no ano passado, com os setores de serviços e produtos não duráveis se destacando positivamente. No entanto, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que reflete o nível de investimento, apresentou uma queda de 3,4% em 2023, preocupando os pesquisadores.
As exportações também contribuíram para o crescimento do PIB, com um aumento de 9,5% no ano passado. As vendas para outros países de produtos agropecuários tiveram um crescimento expressivo, assim como os produtos da indústria extrativa mineral. Por outro lado, a importação de bens e serviços caiu 1,1% em 2023.
O PIB per capita fechou 2023 em R$ 52.611, marcando três anos seguidos de alta, mas ainda está abaixo dos valores de 2019 e 2014. O resultado oficial do PIB de 2023 será divulgado no dia 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em uma pesquisa do Banco Central (BC), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apontou que a economia brasileira teve um crescimento de 2,45% em 2023. Esses números ressaltam a recuperação gradual da economia brasileira, mas também indicam áreas de preocupação, como a queda no investimento no país.
