Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom havia informado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, haviam previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. No entanto, há uma expectativa se a Selic será reduzida apenas até a reunião de maio ou se os cortes serão mantidos até o segundo semestre deste ano.
De acordo com a mais recente edição do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a projeção é de que a taxa básica de juros sofra uma redução de 0,5 ponto percentual. O mercado financeiro estima que a Selic possa encerrar o ano em 9% ao ano, refletindo um ambiente de queda gradativa da taxa de juros.
Na última reunião, em janeiro, o Copom constatou que a desaceleração da economia no Brasil está diminuindo e confirmou a intenção de novos cortes de juros. O Banco Central destacou a importância de manter a trajetória de melhoria das contas públicas para evitar uma eventual alta da inflação.
O Copom destacou que a incerteza nos mercados, juntamente com a perspectiva de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e os conflitos internacionais, dificultam a manutenção dos cortes na Selic.
No cenário inflacionário, o IPCA subiu 0,83% em fevereiro, puxado por educação e alimentos, acumulando uma alta de 4,5% em 12 meses, no teto da meta estabelecida para 2024. A expectativa é de que o Copom anuncie sua decisão no final do dia, após dois dias de reunião para analisar a conjuntura econômica e definir o rumo da taxa básica de juros.