ECONOMIA – Câmara dos Vereadores de São Paulo aprova projeto que possibilita privatização da Sabesp com ampla margem de votos

A Câmara dos Vereadores de São Paulo tomou uma decisão importante nesta quarta-feira (17) ao aprovar, em primeira votação, o projeto de lei que propõe a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo fornecimento de água. Com 36 votos a favor e 18 votos contrários, a proposta segue agora para uma segunda votação que será definitiva.

O Projeto de Lei 163 de 2024 apresenta mudanças na legislação municipal e autoriza a cidade de São Paulo a aderir à privatização e manter os contratos com a empresa, que passará a ser controlada pelo setor privado. A discussão sobre a privatização despertou opiniões divergentes entre os vereadores.

O vereador Sidney Cruz (MDB), um dos defensores do projeto, destacou a importância da transferência da empresa para a iniciativa privada, alegando que a universalização do saneamento básico será possível até 2029, beneficiando milhares de pessoas que atualmente sofrem com a falta de água potável em regiões como a represa Billings e a represa Guarapiranga.

Por outro lado, a vereadora Luna Zarattini, do PT, manifestou-se contra a privatização da companhia, citando como exemplo a experiência da transferência da administração da Companhia de Águas do Rio de Janeiro para a iniciativa privada. Ela argumentou que a privatização não garante a melhoria dos serviços nem a redução das tarifas, citando um aumento nas reclamações sobre a qualidade do serviço após a mudança.

O projeto de lei para a privatização da Sabesp já havia sido aprovado anteriormente pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e sancionado pelo governador. Atualmente, metade das ações da Sabesp estão sob controle privado e o governo de São Paulo detém a maior parte das ações. A empresa registrou lucro em 2022 e atende a um grande número de municípios e clientes.

A discussão sobre a privatização da Sabesp segue em destaque, com pontos de vista divergentes entre os políticos e a sociedade, que aguardam a decisão final sobre o futuro da companhia e do serviço de abastecimento de água em São Paulo.

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