ECONOMIA – Brasil pode propor reformas em instituições multilaterais durante presidência do G20, afirma ministro da Fazenda.

Na tarde de ontem (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou a intenção do Brasil de usar sua presidência no G20 para propor reformas nas principais instituições multilaterais do mundo. Em declarações feitas durante a instalação da Comissão Nacional do G20, Haddad enfatizou a importância do fórum como um espaço para promover a reglobalização sustentável, priorizando a transição energética global.

Juntamente com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro destacou a relevância do G20 como o principal fórum de discussões em um momento de crise no multilateralismo. Com a crise em organizações multilaterais tradicionais, Haddad alegou que o G20 se tornou essencial, permitindo o desbloqueio de questões fundamentais para o Brasil e para a economia global.

Além disso, Haddad argumentou que a fragmentação da economia global poderia ser evitada por meio de entendimentos entre os países, ressaltando a importância de uma “nova globalização” que coloca as questões socioambientais no centro das preocupações. Ele também alertou sobre os riscos da crescente fragmentação econômica e defendeu a importância de evitar os erros que levaram à crise econômica de 2008 ao reformar as instituições financeiras internacionais.

O ministro criticou a globalização das décadas de 1990 e 2000, apontando que ela resultou na concentração de renda, em diferenciais de desenvolvimento entre os países e nas mudanças climáticas atuais. Ele ressaltou a importância de uma nova abordagem para a globalização, com foco em questões socioambientais.

Haddad destacou a oportunidade para o Brasil pautar a economia mundial nos próximos 12 meses, atendendo aos interesses do país e da América Latina, ressaltando que o G20 é uma chance única de influenciar os trabalhos do fórum. No entanto, ele reconheceu que a realização dessas promessas enfrentará desafios, como conflitos, guerras, questões geopolíticas e crise climática.

Além disso, o ministro mencionou várias prioridades do Ministério da Fazenda na presidência do Brasil no G20, incluindo a reforma das instituições financeiras internacionais, a defesa de uma tributação internacional justa e o esforço para resolver a dívida externa de países pobres. Haddad concluiu ressaltando que as prioridades incluem o trabalho para prevenir riscos por meio de coordenação eficaz de políticas econômicas e financeiras, a promoção da desigualdade no centro da agenda global e a resolução da dívida externa de países africanos.

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