O Ministério de Relações Exteriores (MRE) justificou o adiamento da decisão, que já havia sido postergada uma vez e estava prevista para janeiro deste ano, alegando que implementá-la poderia impactar negativamente o turismo durante a alta temporada no início do ano.
A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) comunicou que está em contato com companhias aéreas, associações de operadoras e agências de turismo dos países afetados pela mudança. Segundo a Embratur, a decisão do governo brasileiro é fundamental para manter o crescimento do número de turistas estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos, que foi o segundo maior emissor de turistas para o Brasil em 2023, com um total de 668.478 visitantes.
Além disso, a Embratur destacou a importância da reciprocidade nas relações internacionais. Em 2019, o Brasil eliminou a exigência de visto de turistas norte-americanos, canadenses, australianos e japoneses, porém nenhum desses países adotou a mesma medida em relação aos brasileiros. No entanto, no ano passado, o Japão firmou um acordo com o Brasil para isenção recíproca de visto para viagens de até 90 dias, que entrou em vigor em setembro.
Com o adiamento da obrigatoriedade do visto para turistas desses três países, o governo visa manter e fomentar o setor turístico, promovendo o aumento do fluxo de visitantes estrangeiros ao Brasil, principalmente provenientes dos Estados Unidos, que apresentou um aumento de 11% na chegada de turistas nos dois primeiros meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.