Os derivativos são contratos financeiros que têm o objetivo de reduzir o risco de operações ao serem vinculados a outros ativos, como commodities, moeda estrangeira ou taxas de juros. Goldfajn destacou que a iniciativa visa apoiar o desenvolvimento, liquidez e eficiência do mercado de proteção em moeda estrangeira no país, adquirindo derivativos no mercado externo e repassando às instituições financeiras locais.
Esses mecanismos serão direcionados para setores de investimentos verdes, como reflorestamento, agricultura de baixo carbono e resiliência climática. Além disso, o BID abrirá US$ 2 bilhões em linhas de crédito para empresas que atuam nessas áreas.
Durante o anúncio, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, ressaltou a importância desse apoio para garantir a transferência de tecnologias que tornam a economia brasileira mais sustentável. Ele destacou que projetos de infraestrutura voltados para a sustentabilidade frequentemente demandam investimentos significativos em moeda estrangeira, o que pode tornar tais investimentos mais caros e arriscados.
Campos Neto enfatizou que o Banco Central atuará apenas como intermediador entre a instituição internacional e o mercado brasileiro, sem assumir riscos nas operações. A Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a importância do envolvimento do setor privado no combate ao aquecimento global, afirmando que a transformação ecológica necessária exigirá a combinação de investimentos públicos e privados.
O anúncio do acordo foi feito durante a reunião do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, que está ocorrendo na capital paulista. Representantes de 27 países e 16 organizações internacionais estão presentes no encontro, onde se discute a importância das ações conjuntas para conter os efeitos das mudanças climáticas, considerando que as maiores economias do mundo são responsáveis por mais de 80% das emissões de gases de efeito estufa.
