Em outubro, o IBC-Br atingiu 145,65 pontos, e na comparação com o mesmo mês de 2022, houve um crescimento de 1,54%, sem ajuste para o período, uma vez que a comparação é entre meses iguais. No acumulado em 12 meses, o indicador também teve um desempenho positivo, apresentando alta de 2,19%.
O IBC-Br é uma maneira de avaliar a evolução da atividade econômica do país e auxilia o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. A taxa básica de juros é ajustada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que pode causar reflexos nos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Por outro lado, quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
O comportamento dos preços resultou no BC cortando os juros pela quarta vez no semestre. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano. Na ata da última reunião, o Copom não adiantou quando vai parar de reduzir a Selic e informou que o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986, em resposta à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19.
O IBC-Br emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2023, a economia brasileira cresceu 0,1% na comparação com o segundo trimestre do ano. No acumulado até setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.