ECONOMIA – Acordo entre Petrobras e ANP encerra processo judicial sobre recálculo de participações governamentais no Campo de Jubarte, com estatal desembolsando R$ 830 milhões.

A Justiça do Rio de Janeiro finalmente homologou o acordo tão aguardado entre a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para encerrar o longo processo judicial envolvendo o recálculo do valor das participações governamentais referentes à produção de petróleo no Campo de Jubarte, localizado na costa do Espírito Santo. Com a decisão, a estatal terá que desembolsar uma quantia significativa de R$ 830 milhões, conforme divulgado pela própria Petrobras.

O processo em questão envolvia o recolhimento das participações governamentais, que deixaram de ser pagas pela Petrobras devido à falta de atualização da curva de Participação Especial sobre o volume excedente de petróleo extraído do Campo de Jubarte. Essa atualização é importante, pois influencia diretamente no cálculo do valor a ser pago a título de royalties e participação especial.

Os períodos abrangidos no acordo foram de agosto de 2009 a fevereiro de 2011 e de dezembro de 2012 a fevereiro de 2015. Com a homologação do acordo, a Petrobras se comprometeu a quitar os R$ 830 milhões em valores atualizados até dezembro de 2023, com 35% do montante sendo pago à vista e o restante parcelado em 48 vezes, com correção pela taxa básica de juros (Selic).

O primeiro pagamento será realizado em até 30 dias após a homologação do acordo pela 23ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro. A Petrobras garantiu que os valores já estão provisionados em suas demonstrações financeiras, assegurando a transparência e o cumprimento das obrigações financeiras da companhia.

As participações governamentais são essenciais para garantir uma remuneração justa à sociedade pela exploração de recursos não renováveis, com os royalties sendo um percentual da receita bruta do petróleo e a participação especial sendo uma compensação financeira adicional devida pela exploração de campos de grande volume ou rentabilidade. A ANP é a responsável pela arrecadação e distribuição dessas participações.

Com a resolução desse processo, a Petrobras e a ANP encerram um capítulo importante e avançam em direção a uma relação mais transparente e equilibrada no que diz respeito à exploração de recursos naturais essenciais para o desenvolvimento do país.

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