Doutoranda da Ufal realiza pesquisa inovadora sobre manejo comunitário do pirarucu e atrai interesse internacional.

A Amazônia, com toda a sua biodiversidade exuberante e ecossistemas únicos, é uma região de grande importância para o planeta. Sendo assim, os estudos realizados nessa área possuem relevância mundial. Recentemente, a doutoranda Ana Carla Rodrigues, do Programa de Pós-graduação em Diversidade Biológica e Conservação nos Trópicos (PPG-Dibict) da Universidade Federal de Alagoas, iniciou uma pesquisa inédita que vem chamando a atenção da comunidade internacional.

O foco do estudo de Ana Carla é o pirarucu, o maior peixe de escamas do mundo. Através do projeto aprovado no edital do CNPq Apoio à Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação, a pesquisadora pretende aprimorar teorias e metodologias socioecológicas, com destaque para a avaliação dos valores complexos das práticas de manejo comunitário do pirarucu na Amazônia. Esse estudo abrange aspectos tanto biológicos como antropológicos.

Com o intuito de aprimorar sua pesquisa e ampliar seu conhecimento, Ana Carla realizou um doutorado sanduíche em Indiana, nos Estados Unidos. Durante esse período, ela teve a oportunidade de ser supervisionada por Eduardo Brondizio, um renomado antropólogo internacionalmente reconhecido. Brondizio é conhecido por suas contribuições para pesquisas com a laureada com o Prêmio Nobel de Economia, Elinor Ostrom, no estudo de arranjos institucionais para a gestão sustentável de recursos comuns. A abordagem inovadora de Ostrom inspirou Ana Carla e trouxe uma nova perspectiva para o desenvolvimento de sua pesquisa.

A colaboração entre Ana Carla e Eduardo Brondizio resultou em uma combinação de abordagens econômicas, antropológicas e ecológicas que têm como objetivo identificar e promover os benefícios da conservação baseada nas comunidades amazônicas. Essa pesquisa busca também enriquecer o entendimento sobre a biodiversidade da região e oferecer insights para estratégias de desenvolvimento sustentável em grande escala. O impacto potencial desse estudo é significativo, pois além de melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, contribui para a conservação da biodiversidade.

Segundo Ana Carla, a sua pesquisa tem como principal objetivo fortalecer as atividades de manejo sustentável realizadas pelas comunidades, para que essas práticas possam ser difundidas por outras regiões. Além de fortalecer o que já é feito na região do Médio Juruá e em outros rios da Amazônia, a intenção é mostrar que o manejo sustentável pode ser bem-sucedido, tanto na melhoria da qualidade de vida das pessoas como na proteção das florestas.

Esse projeto, desenvolvido pelo PPG-Dibict da Ufal, conta com o apoio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Instituto Juruá.

A pesquisa de Ana Carla Rodrigues se destaca pela sua inovação na compreensão dos valores intrínsecos das práticas de manejo comunitário na Amazônia. Esse esforço não só aponta para um futuro mais sustentável, mas também demonstra o reconhecimento internacional da Universidade Federal de Alagoas e sua dedicação à preservação do patrimônio natural existente em nosso país.

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