De acordo com o economista e doutor em administração pública, verificou-se uma queda significativa na participação da indústria brasileira no Produto Interno Bruto (PIB) do país, que era de 21,8% em 1985 e atualmente gira em torno de 10%. Ele ressaltou que as razões para essa queda são complexas e afirmou que tal queda tem sido um fenômeno acentuado no Brasil.
O gestor, que também é docente na Universidade Federal de Alagoas e Secretário Executivo da Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento, declarou que na estratégia brasileira de neoindustrialização, existem seis grandes desafios a serem enfrentados: segurança alimentar e nutricional, saúde, bem-estar urbano, modernização industrial, bioeconomia, descarbonização e defesa nacional. Ele levantou questionamentos acerca do papel e da importância das Universidades públicas brasileiras para o desenvolvimento do país e sugeriu a necessidade de um grande debate nacional sobre o tema.
O principal ponto abordado pelo diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas foi a relevância das universidades para a Nova Política Industrial. Ele levantou a questão sobre a contribuição da universidade para a nova política industrial e deixou para reflexão a urgência da realização de um grande debate nacional sobre o papel das Universidades públicas brasileiras para o desenvolvimento nacional.
A fim de tornar a discussão contemplativa de todas as perspectivas possíveis, a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, será realizada de 4 a 6 de junho. O debate preparatório em que o diretor-presidente participou foi promovido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), uma agência do Ministério da Ciência, da Tecnologia e da Inovação. Ademais, Alagoas também sediará sua pré-conferência estadual.