No Maranhão, as mobilizações tiveram início cedo, com 300 mulheres camponesas se reunindo em frente ao Palácio dos Leões em São Luís. Elas denunciaram a violência no campo, especialmente as alterações na Lei de Terras do estado, sendo barradas pela polícia militar. A manifestação foi marcada por discursos cobrando investimentos na agricultura familiar e condições de ensino nas escolas rurais.
No Amazonas, o Fórum Permanente das Mulheres de Manaus promoveu um evento na Praça da Igreja da Matriz para lembrar o assassinato da artista Julieta Inés Martinez e incentivar a coragem e determinação na luta contra a violência. O pedido por maior participação das mulheres nos espaços de poder e punição para os praticantes de feminicídio foi ressaltado.
Em Fortaleza, o tema abordou a soberania e democracia, com ênfase na ampliação da participação feminina na política e na autonomia financeira das mulheres. O ato culminou com debates feministas e uma ciranda das mulheres para combater o feminicídio, o machismo e a misoginia.
Em Salvador, centenas de mulheres ocuparam uma importante via da cidade para denunciar a violência no campo e na cidade, destacando o caso do assassinato da yalorixá Mãe Bernadete. O objetivo era dialogar com a sociedade sobre o aumento das violências e reafirmar o papel das mulheres na luta por seus direitos.
No Amapá, os protestos destacaram os direitos aos corpos e territórios, reunindo mulheres de diversas comunidades para lutar por igualdade salarial, contra a degradação ambiental e a violência. A manifestação buscou encorajar e mobilizar todos em prol da causa feminina.
No Rio Grande do Norte, camponesas acampadas no Incra ocuparam a sede do governo estadual em Natal, reivindicando a retomada do orçamento destinado à reforma agrária e mais recursos para educação e crédito fundiário. O ato visava negociar com a governadora sobre as demandas das mulheres sem-terra.
Em Alagoas, mulheres realizaram um ato em Maceió para exigir o fim de todas as formas de violência contra a mulher, direitos e igualdade de oportunidades. A marcha, organizada pelo Levante Feminista de Alagoas, reuniu milhares de mulheres, sendo marcada pela cobrança por ações efetivas de punição para agressores e mecanismos eficientes de acolhimento às vítimas.
Em todo o país, as manifestações do Dia Internacional da Mulher foram marcadas por discursos de resistência, empoderamento feminino e demandas por uma sociedade mais igualitária e justa para todas as mulheres. A luta continua em busca de avanços e transformações que garantam um futuro mais digno e seguro para todas as mulheres brasileiras.