Heloísa estava com sua família passando pelo Arco Metropolitano do Rio de Janeiro no dia 7 de setembro quando o carro em que estavam foi atingido por tiros, supostamente disparados por policiais rodoviários federais (PRF). Após ficar internada por oito dias, Heloísa faleceu na manhã deste sábado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, também utilizou as redes sociais para se manifestar sobre o caso. Ele afirmou que a existência da PRF precisa ser repensada, lembrando o caso de Genivaldo de Jesus, que morreu por asfixia em uma viatura da corporação em maio do ano passado. Mendes ressaltou a necessidade de responsabilização penal dos agentes envolvidos nesses episódios e destacou que medidas estruturais precisam ser adotadas para combater essas violações.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, ressaltou a importância de uma investigação rigorosa sobre a morte de Heloísa e determinou que a Procuradoria-Geral da União acompanhe o caso para avaliar eventuais responsabilidades na esfera civil. Já o ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que um processo administrativo para apurar a responsabilidade dos agentes já foi aberto e destacou que a decisão final será emitida ao término do processo, de acordo com a lei. Além disso, um inquérito na Polícia Federal foi iniciado e será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) e à Justiça.
A organização não governamental Rio de Paz, conhecida por realizar protestos na cidade do Rio de Janeiro pedindo o fim da violência, ressaltou que Heloísa é a 11ª criança morta a tiros na capital fluminense neste ano.
A PRF emitiu uma nota manifestando “extremo pesar” pela morte de Heloísa e se solidarizando com a família da menina. A corporação informou que sua Comissão de Direitos Humanos está acompanhando a família para oferecer apoio psicológico.
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a prisão dos três agentes da PRF envolvidos no episódio, assim como uma nova perícia nas armas dos policiais e no carro da família de Heloísa, que foi atingido por tiros.
Esse trágico incidente traz à tona a necessidade de uma análise profunda da atuação dos agentes responsáveis pela segurança pública e a importância de se estabelecer punições para casos de violações dos direitos humanos. A sociedade espera respostas rápidas e efetivas para evitar que tragédias como essas voltem a ocorrer.