Nesta sexta-feira (8), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, deu posse à advogada Marina Ramos Dermmam como a nova presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos. A cerimônia ocorreu no dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos comemorou 75 anos. Marina Ramos é conhecida por defender causas ambientais e movimentos sociais, além de ser ativista de povos tradicionais.
Em seu discurso de posse, a nova presidente do CNDH, Marina Ramos, destacou diversas situações de desrespeito aos direitos humanos no Brasil. Ela anunciou que sua prioridade como presidente será a proteção de defensores de direitos humanos, ambientalistas e comunicadores.
Marina Ramos lamentou a falta de proteção aos ativistas que arriscam suas vidas para defender as comunidades. Ela destacou que o Brasil é o país mais perigoso para os ativistas que lutam por direitos humanos, trabalhistas e ambientais. A advogada alertou para violações como trabalho análogo à escravidão, ameaças aos povos indígenas e populações tradicionais, além de mortes de pessoas negras por agentes públicos.
A nova presidente do CNDH ressaltou a importância de reforçar a autonomia do órgão, solicitando um orçamento adequado e mais reconhecimento, de acordo com as recomendações feitas durante a última Revisão Periódica Universal realizada em Genebra, na Suíça.
Durante a cerimônia, o ministro Silvio Almeida enfatizou o papel crucial do Conselho Nacional de Direitos Humanos para garantir uma vida digna para os cidadãos e proteger o futuro das gerações futuras. Ele expressou sua confiança na capacidade da advogada gaúcha Marina Ramos para enfrentar os desafios do novo cargo.
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos foi criado em 2014, com o objetivo de defender os direitos humanos previstos na Constituição Federal de 1988. O órgão é composto por 20 conselheiros e conselheiras representantes do poder público e da sociedade civil, além do presidente e do vice. A posse da nova presidente contou com apresentações artísticas e discursos envolventes sobre a importância do trabalho do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
