A ministra Cida Gonçalves ressaltou a importância de combater o feminicídio, destacando que a misoginia é um fator impulsionador de todas as formas de violência contra a mulher. Segundo o Anuário da Segurança Pública, somente em 2022, 1.400 brasileiras foram vítimas de feminicídio. A ministra ressaltou que esses crimes não se resumem ao ato de tirar a vida de uma mulher, mas começam com piadas, brincadeiras, maus-tratos, violência psicológica e moral.
A campanha também visa combater a violência online. Em parceria com empresas como Google, Facebook, Meta e Youtube, serão desenvolvidas ações para combater o discurso de ódio e a exposição de mulheres por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas nas redes sociais. Dados da ONG Safernet revelam um aumento de 251% nas denúncias de discurso de ódio contra as mulheres na internet em 2022, em comparação com um aumento de 61% nas denúncias de discurso de ódio de outras naturezas.
Além disso, a campanha também tem como estratégia combater a desigualdade salarial, prevenir a violência doméstica e ampliar a presença feminina nos espaços de poder. Ana Carolina Quirino, representante da ONU Mulheres no Brasil, enfatizou a necessidade de mudanças nas normas sociais que perpetuam a violência contra a mulher nos espaços públicos e privados.
O evento de lançamento contou com a participação de ministros, ministras e parlamentares. A primeira-dama Janja Lula da Silva destacou a importância de criminalizar os ataques nas redes sociais e excluir as contas responsáveis por esses ataques.
A campanha Brasil sem Misoginia busca promover uma sociedade mais igualitária e livre de violência contra a mulher. A adesão de diversos setores da sociedade mostra a importância desse combate e a necessidade de conscientizar a população sobre a gravidade dessas questões.