DIREITOS HUMANOS – Manifestações no Norte e Nordeste cobram igualdade, redução da pobreza e mais participação feminina na política no Dia Internacional da Mulher

As manifestações em comemoração ao Dia Internacional da Mulher no Norte e Nordeste do país foram marcadas por reivindicações por igualdade, redução da pobreza, combate à violência doméstica e machismo, e maior participação feminina na política. Desde a manhã desta sexta-feira (8), diversos atos foram realizados, incluindo caminhadas, intervenções artísticas, feiras feministas, ocupações e ações solidárias para chamar a atenção para as desigualdades enfrentadas por mulheres em diferentes contextos.

No Maranhão, as mobilizações começaram cedo, às 7h, em São Luís. Cerca de 300 mulheres camponesas se reuniram em frente ao Palácio dos Leões para denunciar a violência no campo, especialmente as alterações na Lei de Terras do estado. No entanto, a manifestação foi interrompida pela Polícia Militar, gerando indignação entre as participantes.

Já no Amazonas, o Fórum Permanente das Mulheres de Manaus se reuniu na Praça da Igreja da Matriz para lembrar o assassinato da artista venezuelana Julieta Inés Martinez. O evento teve como objetivo encorajar as mulheres a não serem paralisadas pelo medo e a lutarem por seus direitos, incluindo maior participação nos espaços de poder e punição para os responsáveis por feminicídios.

Em Fortaleza, no Ceará, o tema das manifestações foi “Por soberania e democracia! Mulheres vivas do Brasil a Palestina”. O evento reivindicou a ampliação da participação das mulheres na política e a autonomia financeira, destacando a luta contra o feminicídio, o machismo e a misoginia.

Na Bahia, centenas de mulheres ocuparam uma via em Salvador para protestar contra a violência no campo e na cidade, especialmente o assassinato da yalorixá Mãe Bernadete. A agricultora Saiane Santos, da Direção Nacional do Movimento de Pequenos Agricultores, enfatizou a importância de denunciar a violência e reafirmar o papel das mulheres na sociedade.

No Amapá, a manifestação focou nos direitos dos corpos e territórios, reunindo mulheres de diferentes grupos para lutar por igualdade salarial, contra a degradação ambiental e a violência. A coordenadora Nacional do Elo Mulheres em Rede, Mary Cruz, ressaltou a necessidade de continuar lutando pela igualdade e mudanças positivas na sociedade.

Em Alagoas, mulheres se reuniram em Maceió para exigir o fim de todas as formas de violência contra a mulher e igualdade de oportunidades. Débora Nunes, do MST em Alagoas, chamou a atenção para a importância de ações efetivas para punir agressores e garantir o acolhimento adequado às mulheres em situação de violência.

Em todo o país, o Dia Internacional da Mulher foi marcado por manifestações que visam ampliar o espaço e os direitos das mulheres, promover a igualdade de gênero e combater a violência e a discriminação em todas as esferas da sociedade.

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