DIREITOS HUMANOS – Líder indígena sofre graves ameaças de invasores em Mato Grosso e alerta para falta de proteção em território ancestral

Líder indígena recebe graves ameaças de invasores em Mato Grosso

O líder Alexandre Xiwekalikit Zoró, presidente da Associação do Povo Indígena Zoró (Apiz), está enfrentando ameaças sérias por parte de invasores do território, localizado nos limites do município de Rondolândia, em Mato Grosso. Os criminosos deixaram claro que, se sofrerem repressão por parte de agentes públicos que atuam na região, Alexandre Zoró terá que lidar com as consequências.

Em uma fala que ecoa as preocupações de outros líderes indígenas em todo o país, Alexandre relatou que os invasores o alertaram, dizendo que, se seus bens forem destruídos no território, eles saberão de quem é a culpa. Eles também afirmaram que se algo acontecer, as consequências recairão sobre ele. Essas intimidações levantam a questão de quem está por trás delas – madeireiros que já estão na Terra Indígena (TI) Zoró há mais tempo, ou garimpeiros que chegaram recentemente.

Uma fonte que conversou com a reportagem da Agência Brasil e que também corre risco de vida, uma vez que sua identidade precisa ser mantida em sigilo, afirmou que os invasores ameaçaram Alexandre Zoró por ser o responsável por denunciar a piora recente na invasão do território. Além disso, as lideranças do povo Zoró temem comunicar sua localização exata, com medo de sofrerem violência direta. Segundo Alexandre, a situação se agravou nos últimos dois anos do governo Jair Bolsonaro, e há o temor de que o aliciamento de indígenas da comunidade torne as lideranças ainda mais vulneráveis.

O líder indígena defende a instalação de pelo menos duas bases de vigilância permanente na TI Zoró, seguindo o modelo das existentes na Terra Indígena Sararé, também localizada em Mato Grosso. No entanto, uma proposta nesse sentido encaminhada à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) até hoje não obteve resposta. Apesar das diversas denúncias sobre a tensão no território, as autoridades responsáveis permanecem inativas.

A Agência Brasil procurou vários órgãos, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério dos Povos Indígenas, a Funai, o Ibama e o ICMBio, em busca de um posicionamento sobre a situação, porém ainda aguarda retorno.

A situação na TI Zoró é preocupante, e as ameaças contra o líder indígena estão levantando questões sobre a eficácia das autoridades em proteger o território indígena. Com a urgência em lidar com as ameaças e proporcionar segurança aos povos indígenas, é essencial que medidas imediatas sejam tomadas para enfrentar essa situação alarmante.

Essa matéria enfatiza a importância de preservar os territórios indígenas e proteger as comunidades que dependem deles para sua sobrevivência e bem-estar.

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