DIREITOS HUMANOS – Líder indígena graduada em Direito morre em acidente trágico após formatura, deixando legado de luta e atuação no movimento estudantil

A notícia do falecimento da líder indígena Jaqueline Tedesco, aos 26 anos, do povo Kaingang, pegou a todos de surpresa nesta sexta-feira (15). Jaqueline era uma jovem engajada e atuante, graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Sua morte foi anunciada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

Jaqueline era conhecida por seu protagonismo, sendo a primeira estudante indígena a ser eleita em uma chapa do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a primeira a se tornar coordenadora-geral. Além disso, era atuante no movimento indígena tanto em nível regional quanto nacional. Seu engajamento na defesa das mulheres também era notável, ao acompanhar denúncias, acolher e encaminhar vítimas de violência para o escritório de assessoria jurídica da FURG.

A jovem líder formou-se em Direito recentemente, no dia 9 de março deste ano, e estava comemorando com familiares e amigos em um restaurante na cidade de Rio Grande quando foi vítima de um acidente que resultou em queimaduras em 30% de seu corpo. Infelizmente, Jaqueline não resistiu e veio a falecer após uma semana internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Rio Grande.

A APIB e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) pedem que as autoridades competentes investiguem o caso a fundo, para garantir que a morte de Jaqueline não fique impune. Em nota, a Funai lamentou a perda da jovem, solidarizando-se com seus amigos, familiares e com o povo Kaingang.

A morte de Jaqueline Tedesco representa uma grande perda para a comunidade indígena e para todos aqueles que lutam por seus direitos e pela justiça social. Sua memória e legado certamente serão lembrados e homenageados por todos que a conheceram e trabalharam ao seu lado.

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