O estudo revelou que houve uma mudança no perfil dos imigrantes que escolheram o Brasil como seu destino nos últimos anos, saindo de países do Norte para o Sul Globa. Em 2022, a Polícia Federal registrou 1,2 milhão de registros de residência de longo termo e temporárias, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Venezuelanos, haitianos, argentinos e colombianos foram as principais nacionalidades a solicitarem residência, substituindo os portugueses, espanhóis, alemães e italianos.
Além disso, o relatório trouxe dados sobre casamentos envolvendo imigrantes, mostrando que foram realizados 66,3 mil casamentos nos quais um dos cônjuges era imigrante. A maioria das uniões envolvia homens imigrantes e mulheres brasileiras.
O mercado de trabalho também foi impactado pela migração internacional, com o número de imigrantes no mercado formal de trabalho aumentando consideravelmente, principalmente as venezuelanas, haitianas e paraguaias. As principais áreas de inserção foram o setor agronegócios, construção civil e o setor de alimentação.
O relatório ainda abordou as solicitações de reconhecimento da condição de refugiado, que cresceu tanto em números quanto no perfil dos solicitantes, destacando a crise humanitária na Venezuela como um fator significativo para a evolução do fluxo migratório para o Brasil. Além disso, houve um aumento na participação feminina nas solicitações de refúgio, com 40% dos pedidos sendo feitos por mulheres em 2022.
Esses dados mostram a importância de compreender o impacto das migrações internacionais no Brasil e as políticas necessárias para lidar com os desafios e oportunidades trazidos por esse fenômeno. O país tem sido escolhido como destino por um número crescente de imigrantes e a compreensão dessas dinâmicas é essencial para o desenvolvimento de políticas e estratégias eficazes para lidar com essas questões.