De acordo com a FIJ, a magnitude desse massacre é inédita e terrível. A tragédia afeta não apenas os jornalistas, mas suas famílias e toda a população afetada pelos conflitos na região. A situação se torna ainda mais crítica no inverno, quando faltam suprimentos essenciais como roupas, cobertores, tendas, comida e água.
O conflito no Oriente Médio também resultou na morte de quatro jornalistas israelenses e três jornalistas libaneses, aumentando para um total de 103 profissionais de imprensa assassinados em quase cinco meses de enfrentamentos.
O Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) destacou que, durante dois anos de guerra na Ucrânia, 15 jornalistas foram assassinados no país europeu. A guerra na Israel-Gaza é apontada como uma das situações mais perigosas que os jornalistas já enfrentaram, com 75% dos casos de mortes ocorrendo em Gaza.
O CPJ também ressaltou que, apesar das alegações do Exército de Israel de que os jornalistas estariam envolvidos em atividades terroristas, nenhuma prova credível foi apresentada para sustentar essas acusações.
No Brasil, sindicatos da categoria realizam protestos em solidariedade aos jornalistas palestinos, destacando a importância da liberdade de imprensa e denunciando o elevado número de profissionais mortos em Gaza. A presidente da Fenaj, Samira de Castro, ressaltou que os jornalistas estão se tornando alvos deliberados em situações de conflito.
Os atos de solidariedade também visam chamar atenção para a atual restrição de acesso da imprensa internacional a Gaza, evidenciando um ataque à liberdade de imprensa em escala mundial. Além disso, os jornalistas brasileiros Breno Altman e Andrew Fishman têm enfrentado ameaças por sua cobertura crítica às ações de Israel, o que ressalta a importância de se defender a liberdade de expressão em todos os contextos.
