O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, integrante da comitiva, ressaltou a importância de suspender as operações para uma avaliação criteriosa, com a participação da sociedade civil, em especial das comunidades afetadas. Durante a visita, o ouvidor revelou que testemunhas relataram casos de intimidação, invasão de residências e forte aparato policial em sepultamentos de vítimas.
Durante a visita, o grupo ouviu o depoimento qualificado de oito testemunhas, além de relatos de trabalhadores que mencionaram abordagens agressivas por parte da polícia. Moradores abordados nas ruas demonstraram medo e relataram não se sentirem seguros devido à presença ostensiva das forças de segurança nos territórios.
Os dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo indicam um aumento considerável no número de mortes causadas por policiais militares em serviço na Baixada Santista nos primeiros meses deste ano. Os casos de letalidade policial aumentaram mais de cinco vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, gerando preocupação e indignação por parte da população.
As operações policiais na região, iniciadas após a morte de um policial em combate, têm sido motivo de controvérsia e denúncias de execuções e abusos. A sociedade civil e autoridades locais têm se mobilizado para exigir transparência e prestação de contas por parte das instituições de segurança pública.
A Secretaria de Segurança Pública defende as ações da polícia e alega que as mortes em decorrência de intervenção policial são resultado da reação violenta dos criminosos. No entanto, as denúncias e relatos coletados pela comitiva apontam para possíveis violações de direitos humanos e abusos de poder por parte dos agentes de segurança. A investigação dessas denúncias é fundamental para garantir a justiça e a proteção dos direitos de todos os cidadãos.
