A cartilha define a violência como um mecanismo de controle da autonomia, da liberdade e dos corpos de meninas e mulheres, classificando-a como uma grave violação dos direitos humanos e um problema de saúde pública. Ela descreve as diferentes formas em que uma mulher pode ser violada, como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, além de explicar o ciclo em que a violência costuma se manifestar nos repetidos episódios, com graus de violência cada vez mais intensificados.
A relação abusiva também é abordada na cartilha, que descreve os sinais de um relacionamento abusivo, como excesso de ciúme, controle, explosões de raiva e chantagens por parte do agressor, entre outros. A busca por apoio e suporte social de instituições e serviços, independentemente da situação migratória, é destacada como uma das dicas para se proteger da violência. O texto ainda esclarece que o consulado ou embaixada do Brasil é o serviço do Estado para apoiar as comunidades brasileiras no exterior.
Além disso, a cartilha alerta sobre as consequências legais do deslocamento internacional de menores sem a autorização dos genitores, conforme prevê a Convenção de Haia, e fornece informações sobre a Assistência Jurídica Internacional da Defensoria Pública da União. Também aborda a questão dos golpes pela internet, apontando como um possível caminho para a violência, e oferece dicas de como se proteger e ficar atenta aos indícios de possíveis abusos.
A cartilha, que disponibiliza os contatos para denúncias e informações adicionais, pode ser consultada na íntegra online. Com todas essas orientações e informações, as mulheres brasileiras que vivem no exterior têm agora um recurso valioso para reconhecerem a violência e buscarem ajuda.
