DIREITOS HUMANOS – Caminhada do Silêncio relembra os 60 anos do golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil com trajeto marcado pela memória das vítimas.

No próximo domingo (31), a zona sul de São Paulo será palco da Caminhada do Silêncio pelas Vítimas da Violência de Estado, em lembrança aos 60 anos do golpe que instaurou a ditadura militar no Brasil. Este evento, que já está em sua quarta edição na capital paulista, tem conexão com caminhadas semelhantes realizadas em outros países que também passaram por regimes autoritários, como Argentina e Uruguai.

O Instituto Vladmir Herzog, juntamente com o Movimento Vozes do Silêncio, o Núcleo de Preservação da Memória Política e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, são os responsáveis pela organização deste ato significativo. A concentração está marcada para as 16h, no local onde anteriormente funcionava o Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), local reconhecido por ser um dos principais responsáveis pela tortura e assassinato de opositores ao regime ditatorial.

Diversas entidades e organizações, como a União Nacional dos Estudantes, a Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo, a Comissão Arns e a Anistia Internacional, estarão presentes para marchar em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, por volta das 18h.

Lucas Barbosa, coordenador do Instituto Vladmir Herzog, ressalta a importância de relembrar o passado para evitar a repetição de crimes contra a humanidade e a democracia. Ele destaca também a necessidade de prestar homenagem às populações periféricas que ainda sofrem com a violência policial, ressaltando que é fundamental encarar e enfrentar o passado de forma adequada para refletir positivamente no presente.

Ao discutir e recordar o 8 de janeiro, data do golpe que afetou o Brasil, Barbosa enfatiza a importância da responsabilização e da justiça para evitar que episódios trágicos se repitam. A Caminhada do Silêncio surge como um ato simbólico de resistência e memória, buscando fazer eco às vozes das vítimas e garantindo que a história não seja esquecida.

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