O Instituto Vladmir Herzog, juntamente com o Movimento Vozes do Silêncio, o Núcleo de Preservação da Memória Política e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, são os responsáveis pela organização deste ato significativo. A concentração está marcada para as 16h, no local onde anteriormente funcionava o Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), local reconhecido por ser um dos principais responsáveis pela tortura e assassinato de opositores ao regime ditatorial.
Diversas entidades e organizações, como a União Nacional dos Estudantes, a Ordem dos Advogados do Brasil – São Paulo, a Comissão Arns e a Anistia Internacional, estarão presentes para marchar em direção ao Monumento em Homenagem aos Mortos e Desaparecidos Políticos, no Parque Ibirapuera, por volta das 18h.
Lucas Barbosa, coordenador do Instituto Vladmir Herzog, ressalta a importância de relembrar o passado para evitar a repetição de crimes contra a humanidade e a democracia. Ele destaca também a necessidade de prestar homenagem às populações periféricas que ainda sofrem com a violência policial, ressaltando que é fundamental encarar e enfrentar o passado de forma adequada para refletir positivamente no presente.
Ao discutir e recordar o 8 de janeiro, data do golpe que afetou o Brasil, Barbosa enfatiza a importância da responsabilização e da justiça para evitar que episódios trágicos se repitam. A Caminhada do Silêncio surge como um ato simbólico de resistência e memória, buscando fazer eco às vozes das vítimas e garantindo que a história não seja esquecida.