DIREITOS HUMANOS – América Latina e Caribe avançaram no combate à fome, mas desafios persistem, aponta relatório da ONU.

O mais recente relatório sobre o Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe mostrou que a região progressivamente conseguiu avançar no combate à fome e à insegurança alimentar nos últimos anos. O estudo, elaborado por cinco agências do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), destacou a melhora nos índices da América do Sul, enquanto apontou um aumento da proporção da população que ainda convive com a fome ou insegurança alimentar na mesoamérica, que inclui países como Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, além de porções do México.

De acordo com os dados, entre 2021 e 2022, a taxa de fome entre a população mundial se manteve estável em 9,2%, enquanto na América Latina e Caribe, o índice passou de 7% para 6,5%. No entanto, esse número ainda está 0,9% acima do registrado em 2019, antes da pandemia de covid-19. Em 2022, 43,2 milhões de pessoas na região enfrentavam a fome, representando uma redução em comparação com anos anteriores. No entanto, 247,8 milhões ainda enfrentavam insegurança alimentar moderada ou grave, com maiores impactos sobre as mulheres em situação de vulnerabilidade.

Em relação ao Brasil, o país apresentou uma diminuição significativa na proporção da população com experiência de subalimentação, passando de 10,7% em 2000 para 4,7% em 2020-2022. Esse dado coloca o Brasil em ritmo distinto do registrado na América Latina e Caribe, e também no mundo. Além disso, houve uma redução no índice de atraso no crescimento de crianças menores de 5 anos de idade.

Porém, o relatório também mostrou um aumento na parcela com insegurança alimentar grave, que passou de 1,9% para 9,9% no Brasil de 2014 a 2016. Globalmente, o percentual subiu de 7,8% para 11,3%, enquanto na América Latina e Caribe, a variação foi de 7,9% para 13%. Esses dados ressaltam a importância de continuar a implementação de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar e nutrição na região.

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