A evolução dos índices na região sul-americana foi constatada entre 2021 e 2022, embora, ao mesmo tempo, na mesoamérica, a proporção da população que ainda convive com a fome ou insegurança alimentar em estágio moderado ou grave aumentou. No ano passado, 247,8 milhões de pessoas da região constituíam a parcela com insegurança alimentar moderada ou grave, total reduzido em 16,5 milhões, na comparação com o registrado em 2021. A projeção para 2022 indica que, do grupo que vive nessa condição, 159 milhões de pessoas são da América do Sul, 61,9 milhões da América Central e 26,9 milhões do Caribe.
Segundo o relatório, as persistentes desigualdades da região têm um impacto significativo na segurança alimentar dos mais vulneráveis. A prevalência da insegurança alimentar afeta mais as mulheres do que os homens. No Brasil, a proporção da população com experiência de subalimentação caiu em uma década, passando de 10,7% no período de 2000 a 2002, para 4,7%, no mesmo período. Em relação à caracterização da parcela com insegurança alimentar grave, o índice passou de 1,9% para 9,9%.
O relatório também aponta que houve uma redução no índice de atraso no crescimento de crianças menores de 5 anos de idade em todos os recortes geográficos, comparando dados de 2000 e 2022. No mundo, a porcentagem caiu de 33% para 22,3%. Na América Latina e Caribe, passou de 17,8% para 11,5%. Já no Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%.
Os dados revelam uma melhora nos índices gerais de insegurança alimentar e desnutrição na América Latina e Caribe, porém, ainda há desafios a serem enfrentados, principalmente em relação à desigualdade de gênero na distribuição de alimentos e na prevalência da insegurança alimentar.