DIREITOS HUMANOS – 28 Anos do Massacre de Eldorado dos Carajás: MST promove ato em defesa da reforma agrária e denuncia falta de investimentos no campo

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) mais uma vez marca presença na luta pela reforma agrária, transformando a semana do dia 17 de abril em um marco histórico. Há quase três décadas, a data relembra o trágico assassinato de 21 trabalhadores rurais na Curva do S, em 1996, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará. O local, conhecido como memorial dos mártires do movimento, é palco de atividades anuais do MST, que este ano promove um ato político e religioso em defesa de uma reforma agrária sustentável.

Em um comunicado oficial, o movimento expressa a transformação da Curva do S, marcada pela violência, em um símbolo de resistência e união. O local se tornou um campo sagrado onde as vozes silenciadas ecoam em defesa da terra, da vida, da natureza e dos seres humanos. O ato em homenagem aos 28 anos do massacre terá início às 8 horas desta quarta-feira, com atividades culturais variadas.

Durante a jornada de luta chamada Abril Vermelho, o MST realizou 30 ações em 14 estados, mobilizando mais de 20 mil famílias sem terra e promovendo 24 ocupações em 11 estados. O movimento, que completa 40 anos, denuncia a existência de 105 mil famílias acampadas em todo o país aguardando acesso à terra.

Recentemente, o governo federal anunciou o programa Terra da Gente, uma estratégia para destinar terras à reforma agrária, regulamentado por um decreto assinado pelo presidente Lula da Silva. O objetivo é incluir 295 mil novas famílias no programa nacional de reforma agrária até 2026, através de alternativas legais de obtenção de terras.

Além disso, o governo destacou a recomposição do orçamento para a desapropriação de terras, com um investimento de R$ 520 milhões, o maior dos últimos anos. Essas medidas visam agilizar o processo de reforma agrária e garantir acesso à terra para milhares de famílias em todo o país.

Em meio a um cenário de desafios e lutas, o MST e outros movimentos sociais continuam a sua batalha pela reforma agrária e pela garantia de direitos básicos no campo, buscando promover a produção de alimentos saudáveis e o desenvolvimento sustentável do país.

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