Segundo o manifesto do Ibrat-SP para a marcha, as transmasculinidades têm sido historicamente silenciadas e ignoradas, resultando em um cenário de discriminação e falta de políticas públicas específicas para essa população. Questões como acesso à saúde integral, direitos reprodutivos, empregabilidade, educação e moradia adequada são algumas das demandas levantadas pelos organizadores.
O termo transmasculinidade engloba indivíduos transgêneros cujas identidades de gênero são masculinas, mas que não necessariamente se identificam como homens. É uma realidade complexa e que exige atenção e políticas inclusivas por parte do poder público.
Além disso, o manifesto destaca a urgência no combate à invisibilidade e às violências sofridas pela população transmasculina, que enfrenta altos índices de suicídio e violência. A marcha também busca chamar a atenção para a importância das demandas específicas das transmasculinidades nas agendas políticas, especialmente considerando as eleições municipais de 2024.
A programação da marcha inclui oficinas e ações de saúde sexual no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Posteriormente, os participantes seguirão em caminhada até a praça Dom José Gaspar, no centro, onde estão previstas apresentações artísticas e discursos políticos.
De acordo com o Ibrat-SP, a transferência da marcha de fevereiro para março se deu pela proximidade com os eventos carnavalescos do mês anterior. A iniciativa é vista como um passo importante na luta pela igualdade, inclusão e respeito à diversidade de gênero.